- O Caos Cultural
Os Temas Vanitas e a Efemeridaderidade da vida

Original do norte da Europa e dos Países Baixos por volta do século XV, as Vanitas, do latim "futilidade" (ou vaidade, como é interpretado hodiernamente), é uma obra do gênero Still-Life (natureza-morta) e se compreende como uma alusão à efemeridade e insignificância da vida.
As Vanitas eram diretamente ligadas à arte fúnebre sendo, em sua maioria, trabalhadas como esculturas. com motivos mórbidos e explícitos, ligadas a Ars Moriendi (Arte de Morrer), Danse Macabre (Dança da Morte) e ao Memento Mori (Lembrança do Morrer).
Ao longo da Renascença tal fixação pela morte toma ares mais indiretos e se firma nas pinturas, assumindo a significância filosófica da efemeridade da vida e certeza da morte próxima.

Símbolos Vanitas são comumente representados por crânios, lembretes da morte inevitável, frutas apodrecidas, simbolizando a decadência trazida pela velhice, bolhas, fumaça, ampulhetas, relógios, instrumentos musicais, dentre outros.
Os temas Vanitas não se limitaram à pintura e escultura, aparecendo também na música, como na obra "Vanitas Vanitatum de Robert Schumann, em um oratório de Giacomo Carissimi, traduzido como "Futilidade das Futilidades"e dentre as criações do compositor Salvatore Sciarrimo, que também possui obra intitulada "Vanitas".